domingo, 21 de novembro de 2010

Referências:



BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: fundamentos e métodos. Cortez, São Paulo, 2004.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib & PAGANELLI, Tomoko Iyda & CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007.







Sobre estudo do meio:

Estudo do Meio: teoria e prática
Aspectos teóricos e organizacionais

Eduardo Campos

A concepção de estudo do meio que acreditamos e procuramos desenvolver se aproxima bastante da definição feita por Pontuschka & Paganelli & Cacete:

O estudo do meio é uma metodologia de ensino interdisciplinar que pretende desvendar a complexidade de um espaço determinado extremamente dinâmico e em constante transformação, cuja totalidade dificilmente uma disciplina escolar isolada pode dar conta de compreender.
O estudo do meio, além de ser interdisciplinar, permite que aluno e professor se embrenhem num processo de pesquisa. Mais importante do que dar conta de um rol de conteúdos extremamente longo, sem relação com a vivência do aluno e com aquilo que ele já detém como conhecimento primeiro, é saber como esses conteúdos são produzidos. (Pontuschka & Paganelli & Cacete, 2007, p.173.)

O estudo do meio é uma metodologia de ensino que pode envolver diferentes procedimentos em razão da teoria da aprendizagem a qual está associado. As possibilidades didático-pedagógicas dessa metodologia são muitas e variadas e nem sempre inerentes à sua adoção, é preciso intencionalidade na ação pedagógica. Isso significa que apesar dessa metodologia possuir algumas práticas próprias, como a saída à campo, por exemplo, há práticas muito diferentes em razão da concepção de ensino e aprendizagem que orienta a sua organização e realização. As diferenças podem ser encontradas na forma como as disciplinas se articulam ou não, no entendimento da finalidade de cada etapa do trabalho (procedimentos realizados antes, durante e depois do trabalho de campo), a função pedagógica da saída à campo e as ações dos alunos e dos professores (pesquisa, entrevistas, desenho, análise da paisagem, registro, sistematização, avaliação etc.). Por exemplo, pode ocorrer a reprodução em campo das técnicas de ensino da sala de aula, como longas explanações do professor e/ou do monitor sem, entretanto, contar com o auxilio da lousa e outros recursos didáticos muito presentes na sala de aula e referendado pelo contrato escolar e pedagógico estabelecido pelo ambiente escolar. Portanto, o estudo do meio compreende práticas variadas, tão diversas quanto as concepções de aprendizagem e suas traduções em práticas de ensino. Isso implica na variedade de objetivos e possibilidades de aprendizagens planejadas e não planejadas, implícitas e explícitas, conscientes e inconscientes, associadas a uma metodologia que implica maior protagonismo do aluno na realização de pesquisas, entrevistas e saídas a campo.
Segundo o PCN (1997, p. 53), “o professor deve fazer recortes e selecionar alguns aspectos considerados mais relevantes, tendo em vista os problemas locais e/ou contemporâneos; desenvolver um trabalho de integração dos conteúdos de história com outras áreas de conhecimento”.

Atividade:

        Uma possível atividade interdisciplinar:
Pensamos em pedir para as crianças elaborarem uma pesquisa a campo( Paranapiacaba), focando a importância do estudo da historia como facilitador em relação a disciplina de ciências, por exemplo: O que eu preciso compreender da historia de Paranapiacaba para entender o clima,vegetação etc. Será que ambas disciplinas se relacionam em tal vila?
        Segundo PCN (1997, p.113):

O estudo de Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e por que suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza, têm conseqüências – tanto para si como para a sociedade.


Foco do projeto: Alunos do 5º ano do fundamental.

Lanche:




Pensando em um possível retorno para realização de outros trabalhos, vale ressaltar que há lugares com facilidades para serem realizados piqueniques, almoços...

 



Cemitério:



Cemitério Bom Jesus de Paranapiacaba
 
 
   Conhecido popularmente como Cemitério de Paranapiacaba.
 
Localizado na Estrada de Paranapiacaba, s/nº., Bairro de Paranapiacaba
Santo André
     O cemitério foi fundado em 25 de Julho de 1900, possui em uma área de 20.000 m², aproximadamente 600 Jazigos de concessão perpétua construídos.
     Este cemitério foi construido pelos Ingleses, que na época construiam e trabalhavam na estrada de ferro. Na época ocorreu uma epidemia muito forte que levou a óbito centenas destes operários, que estando longe de seus lares, eram alí sepultados.
     Foi tombado como patrimônio histórico pelo Município, pois seus jazigos são em sua grande maioria construções bastante antigas datadas daquela época.







     Com estas  fotos acima, pode ser discutido com as crianças a relação que as datas de tais mortes tem em comparação com a história da Vila de Paranapiacaba.( O que será que aconteceu no dia 14/06/1920?)
   
    O conceito tempo histórico não é linear, o tempo é invenção do homem. O tempo histórico “precisa ser compreendido, também, como um objeto de cultura, um objeto social construído pelos povos, como no caso do tempo cronológico e astronômico” (PCN, 1997, p. 37), muitas vezes, acaba limitando o homem, as suas ações, pois sugere que o homem deve seguir ou seguiu uma mesma seqüência de acontecimentos. Quanto ao conceito de sujeito histórico para o PCN (1997, p.36) “os sujeitos da História podem ser os personagens que desempenham ações individuais ou consideradas como heróicas, de poder de decisão política de autoridades, como reis, rainhas e rebeldes”, ou seja, o sujeito histórico pode ser agente de ação social, que acabam sendo importantes para estudos históricos.

   

Relógio:

   

    O relógio de Paranapiacaba é um ícone de Paranapiacaba. Tido com um dos cartões postais.
    O relógio de Paranapiacaba está localizado sobre a torre que sobrou da antiga estação de trem, destruída por um incêndio pouco antes de completar 100 anos.  Após 11 anos sem bater, recentemente passou por uma restauração e voltou a funcionar.   
    O fato histórico é o que é narrado (historiografia), segundo o PCN (1997, p.35) “fatos históricos podem ser entendidos como ações humanas significativas, escolhidas por professores e alunos, para análises de determinados momentos históricos. Podem ser eventos que pertencem ao passado mais próximo ou distante, de caráter material ou mental, que destaquem mudanças ou permanências ocorridas na vida coletiva”, sendo assim, os fatos históricos podem ser ações dos homens e pelas coletividades em relação à sociedade, é o que o homem faz, a questão entre os homens.

Neblina?!?!?!

Como se forma a neblina?

por Yuri Vasconcelos
    A neblina é formada pela suspensão de minúsculas gotículas de água numa camada de ar próxima ao chão. Ou seja, a neblina nada mais é do que uma nuvem em contato com o solo. Esse fenômeno, também conhecido como nevoeiro, é mais comum em lugares frios, úmidos e elevados e ocorre devido à queda da temperatura e à conseqüente condensação do vapor d’água junto ao solo. A condensação, também chamada de liquefação, é a transformação da água em estado gasoso (vapor) para o líquido quando submetida a um resfriamento. O processo é parecido com o que rola nos automóveis no frio, quando a temperatura dentro do carro fica maior do que a externa. O vidro, em contato com o frio externo, permanece gelado. Quando o vapor suspenso no interior entra em contato com o pará-brisa, ele se condensa e embaça o vidro. Às vezes, a neblina é tão forte que até aeroportos precisam ser fechados, mas isso depende dos aparelhos de auxílio ao pouso e decolagem que cada aeroporto tem. Veja abaixo as situações mais comuns que dão origem a nevoeiros.

Embaçou geral

A neblina é resultado da combinação de vapor de água com queda de temperatura
Na serra
1. A água evaporada do mar, rios ou lagos transforma-se em vapor e, por ser mais leve do que o ar, é levada pelas massas de ar para as camadas mais elevadas da atmosfera
2. Se existe uma serra ou montanhas próximas, o vapor de água sofre um processo de condensação, com o resfriamento causado pela altitude, formando a neblina
Em rios e lagos
1. Durante o dia, o calor faz com que a água dos mananciais evapore, sendo que parte do vapor fica perto da superfície
2. Quando anoitece - ou quando a região é atingida por uma frente fria -, a temperatura cai, o vapor de água se resfria e condensa, ocasionando a neblina
Névoa, neblina ou nevoeiro?
Nem os meteorologistas se entendem sobre o que é uma coisa ou outra. Segundo André Madeira, meteorologista da empresa Climatempo, em São Paulo, neblina é o termo coloquial para nevoeiro. Já a diferença entre neblina e névoa está na intensidade do fenômeno. Se a visibilidade horizontal no solo for inferior a 1 quilômetro - ou seja, quando a cerração é mais densa -, chamamos de neblina ou nevoeiro. Quando a visibilidade é superior a 1 quilômetro, estamos diante de uma névoa.
(Fonte: http://www.mundoestranho.abril.com.br/ambiente/pergunta_287963.shtml)









    Já quanto ao conceito de paisagem, há a afirmação no PCN  de História e Geografia(1997, P.112) de que  “é definida como sendo uma unidade visível, que possui uma identidade visual, caracterizada por fatores de ordem social, cultural e natural, contendo espaços e tempos distintos; o passado e o presente”, ou seja, na paisagem encontram-se marcas que são da história de sociedades, pode-se dizer que é resultante da relação do homem com a natureza, “combinação de espaços geográficos”.

Pau da Missa:

            O "pau da missa" é um eucalipto centenário originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia.
            Devido a sua boa localização, entre a Parte Alta e a Parte Baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.(Fonte: Wikipedia).
            Com tal importância de determinado eucalipto, pode -se fazer uma relação interdisciplinar entre ciências e história/geografia, focando também conceitos atitudinais , por exemplo, referentes à preservação.
           Segundo o PCN de História e Geografia (1997, p. 44), os conteúdos deveriam ser fundamentados em propostas de “relações entre os homens e a natureza, numa dimensão individual e coletiva, contemporânea e histórica, envolvendo discernimento quanto às formas de dominação e preservação da fauna, flora e recursos naturais”.







Maquete:

Paranapiacaba: 'lugar de onde se vê o mar', em tupi-guarani. Num dia claro, esta era a visão que tinham os povos indígenas que passavam por ali, depois de subir a Serra do Mar rumo ao planalto. No século XIX, naquele caminho íngreme utilizado pelos índios, desde os tempos pré-coloniais, seria construída uma estrada de ferro que mudaria a paisagem do interior paulista e ocasionaria a fundação da vila de Paranapiacaba.
A vila de Paranapiacaba era inicialmente apenas um acampamento de operários. Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alto da Serra, que também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence hoje.(Fonte:http://www.cidadeshistoricas.art.br/paranapiacaba/pnp_his_p.php)


  (Maquete da Vila -[Castelinho])

Reportagem sobre a Vila de Paranapiacaba:

6Q 2010: